terça-feira, 15 de junho de 2010

Ressuscitando o antigo Cinematografia

Depois de muito,  muito,  mas muito  tempo  mesmo,  resolvi  ressuscitar meu  primeiro  blog,  o Cinematografia. Comecei  a escrevê-lo  no  fim de 2004, época que frequentava muito  o  cinema, aliás  como  sempre foi  em minha vida. Parei  de ir ao  cinema quando  fui  pros EUA e desde que voltei,  devido  ao  imenso  volume de trabalho,  tenho  ido  pouquíssimo, mas mesmo  assim  vou ressucscitar o  blog. Várias coisas  me  motivaram  a fazer isso,  já era uma vontade minha recomeçar a escrever sobre cinema  e outras coisas. Ultimamente,  depois das postagens  frequentes do  Emagre Sempre, meu  blog sobre meu  processo  de emagrecimento, fiquei  com  o  bichinho  da escrita atiçado,  e  a vontade aumentou. E  nesta última semana,  tornou-se necessário  e premente postar  uma crítica  em  espe, cial,  que eu  devia  desde 2005  a um  amigo,  o  Demétrio.  O  filme era  Festim  Diabólico,  do  Hitchcock.  O Dimmo,  como  carinhosamente o  chamávamos,  era o  mago  dos  computadores. Manjava tudo  de máquinas e programas. Pra ele era tudo  muito  lógico  e fácil, em  se tratando  de computadores,  e ele se impacientava com  a minha ignorância e minhas perguntas.   A  crítica foi  uma promessa,  ou  melhor,  uma dívida,  nunca paga,   a um  monitor de computador  que o  Demétrio  me arranjou, isso  sem falar no  trabalho  todo  que ele teve várias vezes   arrumando  meu  computador, e cujo  único pagamento  que teve foi  minha gratidão,  minha amizade   e  uma ou  outra garrafa de cerveja. E mesmo  assim,  eu  nunca  escrevi  a crítica do  Festim.   Claro  que  o  pagamento  era  simbólico, o  que ele queria mesmo  é  ver o  que eu  tinha escreveria sobre o  filme. O  Demétrio teve  uma origem  simples,  não fez uma faculdade  e gostava das coisas simples da vida, no  entanto  tinha um interesse  singular  por  cultura de qualidade. Assinava a revista Bravo,  consumia tudo  que podia  sobre música  de todo  o  tipo,  lia Dostoievisky e outros clássicos, e adorava cinema antigo  e novo,  e adorava juntar tudo  isso com  sua paixão  por tecnologia. Criava videos  malucos na internet,  colagens  que eram  uma  mistura deliciosa de suas duas paixões, cultura e tecnologia.  Criava música também  do  mesmo  jeito.  Foi  ele quem  me apresentou  meu  maior mestre,  o  Google.   Ele que me mostrou todo  o  potencial  do  Google  e abriu  um  novo  mundo  aos  meus olhos e mente.
 Aconteceu  que  semana   passada o  telefone tocou  aqui  em  casa e a notícia que veio  do  outro  lado  caiu  como  um  tijolo  sobre a minha cabeça e de minha mãe : O Demétrio  se foi  num  acidente besta de moto. Assim,  sem mais nem  menos. O Demétrio  se foi,  e eu  nunca o  paguei  a minha dívida moral  e material  com ele.
Sendo  assim,  tornou-se  absolutamente urgente   escrever sobre o  Festim  e fazer essa  homenagem  póstuma. Não  sei  se de onde ele estiver vai  ler o  que tenho  a  dizer sobre o  Hitchcock,  tampouco  vou saber se ele concorda ou não. Vou  rever  o  filme, pois muitos anos se passaram  e minha dívida cresceu  com  juros  e multa,  acrescida pelo  agravante de não  ter sido  entregue  em  vida ao  credor,  logo  a crítica  terá que ser feita com  muito  esmero. Merece que eu  reveja o  filme  e dê o  melhor  de mim, para quem  sempre deu  o  melhor de si  para todos.
Aproveito  e continuo  escrevendo  assim  que puder,  sobre cinema. Pelo  sim,  pelo  não. Tentei acessar meu  antigo  blog,  hospedado  no  Bol, mas mniha conta foi cancelada por inatividade,  por isso  vou repostar o s posts antigos  aqui,  com  as datas antigas  e comentários,  que não  foram  muitos.  Assim  fica mais fácil, e o  Blogger é um  melhor servidor,  de qualquer maneira. Desta forma,   fica consolidada a ressureição  do  Cinematografia.  Já que não  vai  ser possível  trazer o  Dimmo  de volta.

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